quinta-feira, 29 de julho de 2010

Existência

Estar com quem se ama é muito importante para a felicidade, mas tão importante quanto é onde se está.
Não pensava assim até anos atrás. Imaginava que o simples fato de estar cercada de gente querida contribuiria para a minha felicidade. E aos poucos fui descobrindo que é o lugar onde vivo que me permite (ou não) existir, me permite (ou não) ser. Porque é nele que posso desenvolver (ou não) a minha vida, as minhas habilidades, minha existência. Assim como um peixe não pode ser na terra e uma baleia não pode ser na água doce (quem disse que água é água e não faz diferença?), para existir plenamente eu dependo, sim, do lugar onde estou inserida. O lugar pode, sim, construir ou destruir, desenvolver ou oprimir a história que trago no coração e na mente.
O resto é uma questão de lógica, vida ou morte: se eu não posso ser quem sou onde vivo, não existo bem, não me sinto completa, não sou feliz. E a recíproca também é verdadeira: quando estou onde posso ser eu mesma, com os meus gostos, minhas potencialidades e minha plenitude, então estou existindo de verdade.
Resultado do problema: existindo plenamente, posso ser para o outro e valorizá-lo na existência dele.

Um comentário:

  1. Concordo plenamente.Como diria o poeta: "Vou-me embora pra Pasárgada..."
    Bjooooo enorme!

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