terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Demorou um tempo

Demorou um tempo, mas eu percebi que minha felicidade está nas coisas simples, que passear na rua num dia de sol enche minha alma de prazer.
Demorou um tempo, mas eu percebi que as pessoas mais críticas e pessimistas são, na verdade, as mais feridas e que se veem sem saída.
Demorou um tempo, mas eu percebi que observar as pessoas na rua, em silêncio, é um modo fácil e até engraçado de distração. Que cada uma tem um jeito peculiar de andar e demonstrar (ou tentar esconder) o que está vivendo. Isso nos faz iguais.
Demorou um tempo, mas eu percebi que mesmo o mais imponente dos homens tem um ponto fraco, uma ferida guardada, um rancor mal resolvido, um medo escondido.
Demorou um tempo, mas eu percebi que a manhã é uma das melhores coisas que podem acontecer na vida da gente. Nem sempre vale a pena desperdiçá-la dormindo. É mais gostoso abrir a porta de casa, olhar o céu lá fora bem cedinho e agradecer a Deus por mais uma oportunidade.
Demorou um tempo, mas eu percebi que chocolate demais nunca vai me fazer bem. Meu fígado sempre vai se ressentir do que estiver em demasia.
Demorou um tempo, mas eu percebi que a vida voa, sem que tenhamos nenhum controle sobre ela. Só Deus pode direcionar nosso caminho corretamente. E se tentamos assumir as rédeas, encontramos a frustração.
Demorou um tempo, mas eu percebi. Senti. Apalpei. Degustei.
Demorou um tempo, mas eu aprendi.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Dostoiévski

"Os homens comuns preferem as certezas tranquilizadoras e a disciplina cega aos tormentos da liberdade."