quinta-feira, 29 de julho de 2010

Existência

Estar com quem se ama é muito importante para a felicidade, mas tão importante quanto é onde se está.
Não pensava assim até anos atrás. Imaginava que o simples fato de estar cercada de gente querida contribuiria para a minha felicidade. E aos poucos fui descobrindo que é o lugar onde vivo que me permite (ou não) existir, me permite (ou não) ser. Porque é nele que posso desenvolver (ou não) a minha vida, as minhas habilidades, minha existência. Assim como um peixe não pode ser na terra e uma baleia não pode ser na água doce (quem disse que água é água e não faz diferença?), para existir plenamente eu dependo, sim, do lugar onde estou inserida. O lugar pode, sim, construir ou destruir, desenvolver ou oprimir a história que trago no coração e na mente.
O resto é uma questão de lógica, vida ou morte: se eu não posso ser quem sou onde vivo, não existo bem, não me sinto completa, não sou feliz. E a recíproca também é verdadeira: quando estou onde posso ser eu mesma, com os meus gostos, minhas potencialidades e minha plenitude, então estou existindo de verdade.
Resultado do problema: existindo plenamente, posso ser para o outro e valorizá-lo na existência dele.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ana sempre Ana

"Às vezes é preciso diminuir a barulheira, parar de fazer perguntas, parar de imaginar respostas, aquietar um pouco a vida para simplesmente deixar o coração nos contar o que sabe.
E ele conta. Com a calma e a clareza que tem."
(Ana Jácomo)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Hoje

Que hoje eu seja, outra vez, o que preciso ser.
Sem me omitir, sem me amedrontar de cumprir meu papel.
Hoje, não amanhã.
A vida bonita que Deus me deu seja vivida com todo afinco que há em mim.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Votos

Que hoje e sempre eu resista à vontade de desistir, eu viva minhas convicções com tal zelo que nada me demova do amor que tenho por elas. Elas representam o que eu sou e eu amo ser quem sou.
Que eu não me perca em confusões, em dúvidas, em relativismos, porque tenho certeza das opções que fiz e meu tesouro está onde está meu coração.
Que eu supere a superficialidade e aprofunde o que interessa, o que realmente importa e faz viver.
Que eu saiba afastar o que me destroi e investir no que constroi.
Que minha disciplina aumente e minha liberdade também, porque estão intimamente conectadas.
Que eu seja amiga de mim mesma.
Que não me traia.
Que eu siga pelo caminho que sinto estar correto, sem me desviar nem para a direita e nem para a esquerda.
Que eu desfrute da felicidade que vem de tudo isso.

sábado, 17 de julho de 2010

Equilíbrio

"É preciso muito equilíbrio para saber a hora de não se levar tão a sério." (Fernanda Mello)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tem vez que cansa

O texto é de Ana Jácomo. Ela pôs em palavras o que meu coração está dizendo há algum tempo.

Tem vez que cansa. Cansam portas fechadas, chaves que não abrem as portas fechadas, a angústia por ainda não se saber como abri-las. A vontade que tece o seu ninho nos galhos mais verdejantes e passa tempos chocando ovos que parecem que não vão mais se romper. A espera pelo voo das borboletas que demoram crisálidas para se desvencilhar dos casulos. O repetido surgimento do não quando a vida da gente prepara incansáveis banquetes de boas-vindas para o sim. O quase que se prolonga tanto que causa a impressão de ser interminável. E, à espreita, sempre acompanhando os movimentos da nossa coragem, à distância, a perigosa perspectiva do nunca, aguardando cada brecha criada pelo cansaço para tentar nos dissuadir dos nossos propósitos.

Tem vez que cansa, sim. E parece que somos incapazes de mais um único passo fora do território do nosso cansaço. O ânimo desaparece sem deixar vestígios, pegadas na areia que nos levem até onde as suas águas refluem. Sabemos que ele permanece lá, em algum lugar que temporariamente não acessamos, como o sol por trás de nuvens que querem chover mas não conseguem. Sabemos que ele está lá e que precisa apenas de um tempo para se recompor. Para soprar as nuvens e voltar à cena. Para retomar o caminho com a gente. Para nos lembrar outra vez, depois de outras tantas, que, aconteça o que acontecer, sob hipótese alguma queremos desistir do que nos importa.

Tem vez que cansa. E parece que não há nada que possamos nos dizer que revitalize, de imediato, a crença na nossa capacidade de transformação. Não é raro, sequer conseguimos ouvir a nós mesmos, a comunicação interrompida pelos ruídos momentâneos da negatividade. Aquela conversa fiada mental que não nos leva a nenhum lugar bacana, o olhar estreito que não vê coisa alguma além do nosso próprio desânimo. Esse cansaço às vezes é acompanhado por uma tristeza muito doída, que pede o nosso melhor abraço; outras, por uma raiva que pode se fantasiar com um monte de disfarces. Quando a gente se cansa em demasia, o coração não canta, as cores desbotam, o tempo se arrasta pelos dias como se estivesse preso a imensas bolas de ferro.

Tem vez que a vida da gente cansa. Pele sem viço, olhos sem lume, pés doloridos, os ombros retesados pelo peso que carregamos. Cansa e precisa sentar um pouco para descansar, respirar grande, recobrar o fôlego. Cansa e procura sombras de árvores, banhos de silêncio, acalantos capazes de fazer os medos dormirem. Cansa e pede alegria, esse hidratante natural maravilhoso, também indicado para as fases de ressecamento da alma. Cansa e quer nossa atenção amorosa, nossa escuta sensível, nosso cuidado macio, a generosidade própria dos amantes, essas dádivas que afrouxam apertos, massageiam a coragem, e fazem toda diferença do mundo, não importa qual seja a textura do sentimento da vez.

Tem vez que a vida da gente cansa e, se for suficientemente amada, depois retoma o caminho ainda mais forte. Ainda mais bela, carregada de brotos das flores que mais dizem nossa alma. Inteira.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Tá chovendo

Hoje amanheceu chovendo. Fazia tempo que isso não acontecia.
O tempo anda seco, o sol forte, mas, por algum motivo, o céu resolveu derramar-se e o clima mudou.
Foi sem aviso, de repente, e aí está a chuva, alterando os planos de férias de muita gente.
Com a vida é assim também. A gente passa por mudanças, experimenta situações inesperadas e é preciso seguir em frente, ainda que refazendo alguns percursos, mudando rotas para se adaptar ao novo.
E como a chuva rega a terra e a ajuda a produzir frutos, as mudanças constroem alicerces para um tempo de amadurecimento que está a caminho.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Vida

Quando eu deixo, a vida floresce. Floresce trazendo surpresas. Sempre surpresas. É verdade, algumas são desagradáveis ou não tão boas. Mas o importante é ter em mãos o fruto da vida e saber lidar com ele.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Elementos

Começo de gripe.
Nariz "endubido".
Olhos ardendo.
Sonolência.
Dia de Sol.
Coração em paz.
Silêncio interior.
Fé.
Tranquilidade.
Esperança.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Valores

Ter o universo interior largo é varrer diariamente a poeira e dar espaço às bênçãos próprias de cada dia.
O amor de Deus por mim é imenso, não pode ser medido.
O respeito de Deus por mim é lindo.
A presença de Deus em mim é o maior tesouro que posso ter.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Mensagem matutina

O dia hoje está ensolarado.
Bonito. Acordei e assim que chequei meus e-mails havia na minha caixa de entrada uma mensagem linda de uma pessoa linda:
"Mente é casa que não tem paredes, mas nos acostumamos a viver como se tivesse. E, não é raro, passamos temporadas no cômodo mais apertado". (Ana Jácomo)
Ensinamento que ecoa em meu coração e colabora com meu crescimento pessoal. Estou abrindo hoje minhas janelas, meus horizontes, minhas fronteiras. Derrubo as paredes da mente que são inexistentes, mas aprisionadoras.