segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Estudar

Estou mergulhada em orações subordinadas, reciclando o que sei, ampliando conhecimentos, estudando.
De vez em quando faz bem a gente investir naquilo que gosta, não apenas em hobbies, mas em estudo sério mesmo. Em pós-graduação, em faculdade, em diploma. Estudar alarga a mente, a visão.
Estudar é libertador. Só quando se estuda se descobre isso.
Deus permita que eu estude sempre. Até morrer!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Arejar

É uma delícia arejar a cabeça, pensar um pouco em mim mesma, reservar um tempo para meus gostos pessoais, minha construção como pessoa. Gosto muito de passar um tempo sozinha. Tomando um chá gelado e ouvindo música. Como diz Bia Martins, "Sair do nada, rumo ao nada pode ser a melhor das viagens".

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Amar a Deus

Deus se levanta e Seus inimigos tremem.
Ele é fidelíssimo.
Está no meio de nós.
É um Deus sensível, que se faz pequeno na Eucaristia, justo e misericordioso igualmente.
Ele é um Deus de perto, não de longe!
Como é bom amar a Deus!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Renúncia

"Era tudo tão difícil, tão difícil, que, exausta, eu desisti.
Isso não quer dizer que eu deixei de amar. Isso quer dizer que eu desisti de sofrer. E, quem sabe, também, de causar sofrimento."
(Ana Jácomo)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sobre a falta de tempo que nos aproximou da gente.

Porque as distâncias eram grandes, escreviam-se cartas. Porque era preciso esperar as cartas, havia tempo. Porque havia tempo, falava-se de amor. Porque falava-se de amor, escreviam-se mais cartas.
E porque era preciso fazer as cartas chegarem mais rápido, construíam-se estradas. Estradas que nos levaram mais rápido ao futuro: encurtaram-se as distâncias.
E porque encurtaram-se as distâncias, aumentou o trabalho. E porque o trabalho aumentou, escasseou o tempo. E pela escassez de tempo, cessaram as cartas. E pela falta das cartas, recesso para o amor.
Porque o amor entrou em recesso, o avanço. E porque veio o avanço, criou-se a tal rede. E porque a rede se criou, encurtaram-se as distâncias. Até mesmo entre os amores. Até mesmo entre os tempos.
E no mundo contido dentro da rede, nasceram de novo as cartas. Agora instantâneas. Que, como aviõezinhos de papel, eram lançadas incessantemente de uma ponta a outra do mapa. Palavras, dores, saudades e sons percorriam num susto longas distâncias, para chegar aos ouvidos da outra ponta do mapa.
O mundo virou teia de cartas. Um emaranhado de dores e amores e gentes se vendo e ouvindo e dizendo em todas as línguas. Um mundo abraçando o mundo carente de cartas, caminhos, estradas e de andar a pé pra relembrar.
Virtuais, as cartas tornaram amores reais.
E a cada nova carta, um mundo de amor. A teia. E a cada novo mundo, mais cartas. E já não era possível desfazer os nós. E as pessoas deram-se as mãos, como antes não acontecia. E eram semelhantes as mãos que se davam, sem que a distância fosse empecilho. E era de mãos também a grande teia.
Mas, como o virtual brilhasse, o real perdeu sua força. Não mais se olharam as pessoas. O amor em recesso mais uma vez.
E como o recesso faz buracos, mais gente da ponta do mapa procurou gente da outra ponta. E do meio. E de um pedacinho ao sul ou ao norte. E as latitudes as mais diversas passaram a se olhar, como não mais os olhos se olhavam. E como as palavras de longe chegavam ao pé do ouvido, falou-se de perto. E porque de longe acendiam-se almas, encurtaram-se as distâncias.
Mas, um dia, de tanto viajarem as cartas, encurtando distâncias e mais distâncias, alguém olhou para o lado e descobriu a verdade.
O longe estava perto. O perto estava longe.
E assim a escassez de tempo nos aproximou da gente. A escassez do tempo nos disse verdades com sua voz rouca. E nos perguntamos se tudo isso fazia sentido. E choramos. E escrevemos novas cartas. E nos demos as mãos de verdade. E nos olhamos no olho. E redescobrimos o tempo.
E amamos. Não mais a escassez. Não mais o virtual. Não mais o longe.
E permanecem as cartas que vão e voltam. Mas o amor não entra mais em recesso.

Texto de Cris Guerra, sempre maravilhosa!